Pregue, e se for preciso, use palavras. (Agostinho)

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

As Estações



Há algumas semanas tenho buscado orientações no Senhor sobre o Projeto, questões que temos que resolver, e o que há por vir. Confesso que com tantas postergações, tenho me preocupado me inquietado, pois sei que não devemos nos acomodar com certas ocasiões, no entanto de diversas formas o inimigo atuou nesse tempo, com fofocas, intrigas, provocando falta de unidade, primaz para a comunhão do corpo saudável.
No meio de tanta coisa ocorrendo, as vésperas do meu casamento, hoje faltam 15 dias (que correria!), o Senhor tem falado profundamente ao meu coração, trazendo, elucidando, dando direções pessoais e para o Projeto, afinal Ele é nosso Deus que tudo fez, ele é o dono, somos apenas instrumentos carecendo ser guiados por Seu Santo Espírito.
Algo que começa a ficar forte em meu coração é quanto ao “Missão - Transformação”, uma de nossas expressões pelas transformações e resultados desta. O Senhor começou a ministrar ao meu coração sobre o tempo (Ec 11), mas não um tempo simples como estamos acostumados a observar na Palavra, mas a palavra que se encaixa com este tempo, são ESTAÇÕES. No início me intrigou, mexeu comigo esta palavra, porém com o passar dos dias essa expressão foi se intensificando em meu ser, e a busca por respostas da parte do Senhor foi ficando até meia “doida”, afinal “não sou nem um pouco ansioso”!
Pois bem, em um dia de chuva, acordei e pedi ao Senhor que ministrasse ao meu coração, dando-me confirmações, orientações, e de maneira muito especial Ele começou a falar, e mais uma vez Eclesiastes 11, veio ao meu coração o tempo para tudo, as estações de nossa vida, como as estações do ano, e me fez recordar do início...
Quando iniciamos uma caminhada juntos, era como o verão, tempo de alegria, energia, o novo, até choro de alegria, um tempo que traz muita alegria ao meu coração e creio ao de todos nós, lembro que até mesmo quem o Senhor estava preparando para colocar em nosso meio, em seu tempo, participou deste começo (lembram-se do Henrique, no ensaio para o musical “Eis-me aqui!”? Nem ele sabia o que estava fazendo ali rs...).
Continuamos nossa caminhada, já nos preparando para o “LUZ EM MEIO AS TREVAS”, e chegou a estação da chuva (na cultura chinesa, o fim de março, tempo de chuva é considerado uma estação), como águas, o Senhor fluía em idéias, em comunhão, como canções, as águas vinham limpando a terra, para as próximas estações, até que viesse a estação de colheita e festa. O Senhor já estava nos preparando para a “MISSÃO – TRANSFORMAÇÃO”.
O fim do ano de 2006 foi atribulado, muita informação, muitas coisas juntas e os corações chegavam ao pranto da dúvida, o tempo começou a mudar e a chegada do outono, foi sendo sentida. As árvores nessa estação vão perdendo sua beleza exterior, acho que é a estação que a essência permanece e o efêmero, a “vaidade” como o autor de Eclesiastes fala, cai por terra; um tempo difícil, dói nos desprendermos daquilo que achamos que era bom, mas não agradava a Deus, tempo este de busca, de sermos desmascarados pelo Senhor, de apresentarmos nossa essência a Ele, e em corpo, tempo de choro.
O inverno chega, a árvore seca, até parece que não dará mais fruto, tempo este de poda, para que os ramos inférteis sejam arrancados, como isso é difícil, saber que precisaremos de poda não só como indivíduos, até mesmo em corpo, para que a unidade em Cristo reine (João 15), precisamos nos unir em alvo, em propósito, não adianta muitos integrantes sem todos com o mesmo propósito definido, precisamos de coesão e unidade (Atos 2.42-47). Em nós ficará do inverno a esperança de vermos o nascer de um novo tempo, a esperança de nosso futuro estar nas mãos de nosso Deus.
Tenho certeza que a primavera chegará, com sua vida, como seu tempo de colheita, estando melhor preparados pelo Senhor para esta colheita, fortificados por seus ensinamentos, pela visão, por corações transformados para Sua glória. Aleluia! Jesus Cristo, eterno Emanuel, a esperança em nós!
E o ciclo se reinicia, o verão, vidas cheias do Espírito, fluindo nas águas que correm do trono, não com as águas pelos artelhos, mas totalmente submersos nelas (Ez 47), exalando a essência de Cristo em nós, refletindo Sua luz de nossa terra até os confins da terra.
Creio que como as estações, assim acontecerão o resultado de nossa campanha, "Missão - Transformação”, passaremos por todas elas, com lágrimas, dores, extirpações feitas pelo Espírito, mas chegaremos a primavera regozijantes por tudo aquilo que o Senhor terá feito em nós. Mas também sei que estes resultados não serão apenas para este trabalho, mas para nossa missão de levar nosso Deus por toda a Terra, preparados e santificados para que vejamos as maravilhas de nosso Deus.

Fraternalmente em Cristo

Eduardo Colares Quaiotti


“QUANDO o SENHOR trouxe do cativeiro os que voltaram a Sião, estávamos como os que sonham. Então a nossa boca se encheu de riso e a nossa língua de cântico; então se dizia entre os gentios: Grandes coisas fez o SENHOR a estes. Com efeito, Grandes coisas fez o SENHOR por nós, pelas quais estamos alegres. Traze-nos outra vez, ó SENHOR, do cativeiro, como as correntes das águas no sul.
Os que semeiam em lágrimas segarão com alegria. Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo os seus molhos.”
Salmo 126
escrito em 29 de junho de 2007.

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